Eita, She-Hulk T01
Você vai ficar verde de raiva, decepção, tédio
Spoilers Médios
Série de 2022, com Tatiana Maslany (Jennifer Walters).
Confesso que é difícil para mim enumerar o que é pior em She-Hulk. A personagem é pobre, a trama é fraca, os efeitos são ruins. A personagem Jennifer Walters é aparentada a Bruce Banner e, entrando acidentalmente em contato com o sangue dele, adquire o poder de se transformar na versão feminina do gigante esmeralda. E de cara já dá para perceber que isso não é algo trivial, que não pode ser encarado como um probleminha cotidiano cuja reação seria “puxa vida, agora sou um hulk, ó dia, ó vida, ó azar, vou ali na padaria comprar material para fazer um sanduba saborosão e depois vou ver mais uma temporada da minha série favorita”. Essa é uma mudança radical que provavelmente vai desmantelar com sua vida, assim como arruinou a de Bruce Banner durante muitos anos.
E a série abraça o enfoque de que ser “uma hulk” é apenas um inconveniente facilmente controlado, Jennifer é pouco afetada pelo descontrole, irracionalidade e a raiva visceral do monstro que habitaria nela. E toda aquela jornada que você viu a Marvel criar para Banner entender, tentar dominar e sofrer com o Hulk? Não vai ter? Não, a resposta é definitivamente não. Não temos tempo para isso. E isso é o que eu carinhosamente chamo de “lazy writing”, por que desenvolver um personagem com um recurso narrativo adequado quando apenas podemos ignorar tudo isso e apenas continuar?
E Jennifer não tem grandes responsabilidades com seu grande poder. Ela fica chateada por não ter o emprego que queria, por ter uma família tão idiotamente estereotipada quanto possível, por não ter um namorado, por seu último encontro arrumado no aplicativo não ter sido legal. E no fim das contas ser a She-Hulk passará apenas a ser uma ferramenta conveniente para abrir portas para Jennifer, para ter uma vida mais cool, uma melhor posição profissional ou seja lá o que for. Eu não me surpreenderia se esse roteiro tivesse sido criado por um usuário do Tik Tok ou de um Short pouco inspirado do YouTube.
Não bastasse ser tão rasa, a série ainda conta com cenas vergonha alheia em sua máxima plenitude. Ainda que o viés seja abraçar a zoeira, fazer um humor escrachado, o resulto é lamentável. She Hulk fazendo dancinha do popozão., o julgamento de uma metamorfa de Asgaard, uma garota meio bêbada com morcegos de outras dimensões, Abominável paz e amor com suas esposas, o filho do Hulk. Jesus, que espetáculo lamentável.
É difícil eu abandonar uma produção pela metade... quando a coisa está horrenda eu geralmente faço uma pausa, retomo depois de alguns dias. Neste caso, eu simplesmente não consegui. Acompanhei os últimos episódios da série de longe, vendo os resumos de outras mídias e fiquei aliviado por saber que tomei a decisão certa ao deixar She-Hulk para trás. E nem mesmo a aparição tão esperada do Demolidor foi capaz de salvar a produção... Mais uma oportunidade de uma boa série jogada no lixo, She-Hulk merecia mais que isso.
Confesso que é difícil para mim enumerar o que é pior em She-Hulk. A personagem é pobre, a trama é fraca, os efeitos são ruins. A personagem Jennifer Walters é aparentada a Bruce Banner e, entrando acidentalmente em contato com o sangue dele, adquire o poder de se transformar na versão feminina do gigante esmeralda. E de cara já dá para perceber que isso não é algo trivial, que não pode ser encarado como um probleminha cotidiano cuja reação seria “puxa vida, agora sou um hulk, ó dia, ó vida, ó azar, vou ali na padaria comprar material para fazer um sanduba saborosão e depois vou ver mais uma temporada da minha série favorita”. Essa é uma mudança radical que provavelmente vai desmantelar com sua vida, assim como arruinou a de Bruce Banner durante muitos anos.
E a série abraça o enfoque de que ser “uma hulk” é apenas um inconveniente facilmente controlado, Jennifer é pouco afetada pelo descontrole, irracionalidade e a raiva visceral do monstro que habitaria nela. E toda aquela jornada que você viu a Marvel criar para Banner entender, tentar dominar e sofrer com o Hulk? Não vai ter? Não, a resposta é definitivamente não. Não temos tempo para isso. E isso é o que eu carinhosamente chamo de “lazy writing”, por que desenvolver um personagem com um recurso narrativo adequado quando apenas podemos ignorar tudo isso e apenas continuar?
E Jennifer não tem grandes responsabilidades com seu grande poder. Ela fica chateada por não ter o emprego que queria, por ter uma família tão idiotamente estereotipada quanto possível, por não ter um namorado, por seu último encontro arrumado no aplicativo não ter sido legal. E no fim das contas ser a She-Hulk passará apenas a ser uma ferramenta conveniente para abrir portas para Jennifer, para ter uma vida mais cool, uma melhor posição profissional ou seja lá o que for. Eu não me surpreenderia se esse roteiro tivesse sido criado por um usuário do Tik Tok ou de um Short pouco inspirado do YouTube.
Não bastasse ser tão rasa, a série ainda conta com cenas vergonha alheia em sua máxima plenitude. Ainda que o viés seja abraçar a zoeira, fazer um humor escrachado, o resulto é lamentável. She Hulk fazendo dancinha do popozão., o julgamento de uma metamorfa de Asgaard, uma garota meio bêbada com morcegos de outras dimensões, Abominável paz e amor com suas esposas, o filho do Hulk. Jesus, que espetáculo lamentável.
É difícil eu abandonar uma produção pela metade... quando a coisa está horrenda eu geralmente faço uma pausa, retomo depois de alguns dias. Neste caso, eu simplesmente não consegui. Acompanhei os últimos episódios da série de longe, vendo os resumos de outras mídias e fiquei aliviado por saber que tomei a decisão certa ao deixar She-Hulk para trás. E nem mesmo a aparição tão esperada do Demolidor foi capaz de salvar a produção... Mais uma oportunidade de uma boa série jogada no lixo, She-Hulk merecia mais que isso.
