Silo T01
Em cena a busca pela verdade
Spoilers Médios
Silo, série de 2023 criada por Graham Yost e baseada na trilogia de Hugh Howey conta no elenco com Rebecca Ferguson (Juliette Nichols), Rashida Jones (Allison), Tim Robbins (Bernard Holland), Iain Glen (Dr. Pete Nichols), David Oyelowo (Holston Becker), Common (Robert Sims), Chinaza Uche (Paul Billings) e outros.
Silo é daquelas séries que se preocupa em contar uma história sem pressa, apresentando sua ambientação e seus personagens para ir progressivamente adicionando elementos que vão enriquecendo a sua narrativa. E o modo com que as coisas se desenvolvem nos fazem não apenas testemunhar o que está acontecendo, mas "participar" e eventualmente você vai estar se perguntando "O que está acontecendo? Por que isso está acontecendo? Aonde isso vai parar? E quem está por trás disso?".
Silo tem lugar em um futuro indeterminado aonde os humanos vivem em um gigantesco bunker que os protege de uma superfície devastada e de atmosfera mortal. O único contato com exterior é de uma câmera que mostra um cenário restrito, sem cor e sem vida. E o que aparentemente é um ambiente calmo e dentro da possível normalidade de uma sociedade cheia de regras e costumes que segue seu dia a dia, vai se revelando em um ambiente de controle e vigilância distópico em nome da segurança de seus cidadãos. O lema do Silo, e que é repetido quase à exaustão, é que embora haja um desconhecimento geral sobre o que aconteceu no passado e o porquê das coisas serem do jeito que são, o que foi feito garantiu e garante a subsistência do presente e deverá ser a garantia para o futuro. E tudo que contrariar a ordem vigente, por mais simplória e corriqueira que seja, é uma ameaça.
A principal condutora dessa trama é Juliette Nichols, que inesperadamente passa de uma função técnica do Silo para a oficial chefe de segurança do local. Aos poucos Juliette observa anormalidades e peculiaridades estranhas demais para serem ignoradas e que vão estranhamente se conectando. Nichols é a personagem clássica que não está disposta a se envolver no que lhe diz respeito e manter sua cabeça baixa, contudo ela não vai conseguir negar sua própria natureza questionadora, de querer descobrir a verdade na esperança de derrubar uma possível mentira perfeitamente orquestrada que está injustamente cerceando a liberdade dela e de milhares de pessoas.
Silo tem muito a ver com o debate constante entre liberdade, segurança, da incerteza ética e transparência dos sistemas que organizam a sociedade. A série de dez episódios é muito bem produzida e tem uma história envolvente que definitivamente merece ser vista. Contudo, é bom alertar que Silo pode deixar o público um pouco frustrado em seu final por não ter uma resposta para as questões propostas além abrir outras para uma nova temporada (prevista para novembro de 2024).
Silo é daquelas séries que se preocupa em contar uma história sem pressa, apresentando sua ambientação e seus personagens para ir progressivamente adicionando elementos que vão enriquecendo a sua narrativa. E o modo com que as coisas se desenvolvem nos fazem não apenas testemunhar o que está acontecendo, mas "participar" e eventualmente você vai estar se perguntando "O que está acontecendo? Por que isso está acontecendo? Aonde isso vai parar? E quem está por trás disso?".
Silo tem lugar em um futuro indeterminado aonde os humanos vivem em um gigantesco bunker que os protege de uma superfície devastada e de atmosfera mortal. O único contato com exterior é de uma câmera que mostra um cenário restrito, sem cor e sem vida. E o que aparentemente é um ambiente calmo e dentro da possível normalidade de uma sociedade cheia de regras e costumes que segue seu dia a dia, vai se revelando em um ambiente de controle e vigilância distópico em nome da segurança de seus cidadãos. O lema do Silo, e que é repetido quase à exaustão, é que embora haja um desconhecimento geral sobre o que aconteceu no passado e o porquê das coisas serem do jeito que são, o que foi feito garantiu e garante a subsistência do presente e deverá ser a garantia para o futuro. E tudo que contrariar a ordem vigente, por mais simplória e corriqueira que seja, é uma ameaça.
A principal condutora dessa trama é Juliette Nichols, que inesperadamente passa de uma função técnica do Silo para a oficial chefe de segurança do local. Aos poucos Juliette observa anormalidades e peculiaridades estranhas demais para serem ignoradas e que vão estranhamente se conectando. Nichols é a personagem clássica que não está disposta a se envolver no que lhe diz respeito e manter sua cabeça baixa, contudo ela não vai conseguir negar sua própria natureza questionadora, de querer descobrir a verdade na esperança de derrubar uma possível mentira perfeitamente orquestrada que está injustamente cerceando a liberdade dela e de milhares de pessoas.
Silo tem muito a ver com o debate constante entre liberdade, segurança, da incerteza ética e transparência dos sistemas que organizam a sociedade. A série de dez episódios é muito bem produzida e tem uma história envolvente que definitivamente merece ser vista. Contudo, é bom alertar que Silo pode deixar o público um pouco frustrado em seu final por não ter uma resposta para as questões propostas além abrir outras para uma nova temporada (prevista para novembro de 2024).
