O Homem do Norte
A humanidade em estado bruto
Spoilers Pesados
O Homem do Norte é uma produção dirigida por Robert Eggers (O Farol, A Bruxa) e baseada na lenda nórdica de Amleth, que busca vingança contra o assassino do seu pai, rei da Noruega. O filme é estrelado por Alexander Skargard (Amleth), Claes Bang (Fjölnir), Nicole Kidman (Rainha Gudrún), Ehtan Hawke (Rei Auvrandil) e Anya Taylor-Joy (Olga).
Embora a premissa seja simples, O Homem do Norte vai se desdobrando durante a jornada de Amleth. O jovem nórdico vê seu pai ser assassinado pelo seu tio Fjölnir e, mais que isso, ele vê sua mãe ser sequestrada para tornar-se a rainha do assassino de seu pai. Após fugir jurando vingança e crescer em um mundo bruto, onde os elementos da natureza são constante hostil, Amleth se torna um guerreiro selvagem. A realidade dessa era premia apenas aos mais fortes e aptos a sobreviver e não é à toa que a religião e a mística que envolve os guerreiros nórdicos evoquem em seus rituais os predadores que ocupam o topo da cadeia alimentar, como ursos e lobos. A desumanização, diante de tamanha barbárie, é um quesito necessário para a sobrevivência e, claro, para consumação de uma vingança alimentada por um ódio descontrolado.
Com um final previsível, afinal não é preciso ser um gênio para se concluir que a vingança de Amleth deverá consumada, o filme se desenvolve com a aproximação do guerreiro à Fjölnir como um escravo e pouco a pouco planeja sua vingança para então começar a atormentar seu inimigo. Nisso Amleth se aproxima e conta com a ajuda da também escrava Olga, juntos eles preparam um ambiente de crescente terror de modo a desestabilizar a fazenda em que eles são mantidos cativos. Corpos mortos aparecem mutilados, guerreiros enlouquecem até que essa campanha de terror atinge seu ápice com a morte de um dos filhos de Fjölnir. Diante desse cenário Amleth se encontra diante de uma encruzilhada, seguir adiante com sua vida e possivelmente ser continuamente caçado pelo seu inimigo ou enfrentar e consumar sua vingança e também ter sua vida tirada. Se a vingança pode ser trágica e fatal para ele, esse destino será uma alternativa para evitar um mal ainda maior que pode custar a vida de Olga, grávida de gêmeos que levarão sua linhagem adiante.
O Homem do Norte explora o aspecto bruto da mentalidade da época, adicionalmente o ambiente hostil e a falta de recursos são componentes que comprometem a sobrevivência e, consequentemente, contribuem para que não haja concessões à esperança de uma humanidade mais civilizada.
Embora não seja algo no estilo documental, a produção tomou o cuidado de pesquisar a mística, rituais e costumes nórdicos se constituindo em um retrato razoavelmente fidedigno do período. Dito isso podemos dizer que O Homem do Norte vale a audiência embora vá desagradar um público que possa fazer considerações anacrônicas do cenário retratado e esperar um final mais leve.
Embora a premissa seja simples, O Homem do Norte vai se desdobrando durante a jornada de Amleth. O jovem nórdico vê seu pai ser assassinado pelo seu tio Fjölnir e, mais que isso, ele vê sua mãe ser sequestrada para tornar-se a rainha do assassino de seu pai. Após fugir jurando vingança e crescer em um mundo bruto, onde os elementos da natureza são constante hostil, Amleth se torna um guerreiro selvagem. A realidade dessa era premia apenas aos mais fortes e aptos a sobreviver e não é à toa que a religião e a mística que envolve os guerreiros nórdicos evoquem em seus rituais os predadores que ocupam o topo da cadeia alimentar, como ursos e lobos. A desumanização, diante de tamanha barbárie, é um quesito necessário para a sobrevivência e, claro, para consumação de uma vingança alimentada por um ódio descontrolado.
Com um final previsível, afinal não é preciso ser um gênio para se concluir que a vingança de Amleth deverá consumada, o filme se desenvolve com a aproximação do guerreiro à Fjölnir como um escravo e pouco a pouco planeja sua vingança para então começar a atormentar seu inimigo. Nisso Amleth se aproxima e conta com a ajuda da também escrava Olga, juntos eles preparam um ambiente de crescente terror de modo a desestabilizar a fazenda em que eles são mantidos cativos. Corpos mortos aparecem mutilados, guerreiros enlouquecem até que essa campanha de terror atinge seu ápice com a morte de um dos filhos de Fjölnir. Diante desse cenário Amleth se encontra diante de uma encruzilhada, seguir adiante com sua vida e possivelmente ser continuamente caçado pelo seu inimigo ou enfrentar e consumar sua vingança e também ter sua vida tirada. Se a vingança pode ser trágica e fatal para ele, esse destino será uma alternativa para evitar um mal ainda maior que pode custar a vida de Olga, grávida de gêmeos que levarão sua linhagem adiante.
O Homem do Norte explora o aspecto bruto da mentalidade da época, adicionalmente o ambiente hostil e a falta de recursos são componentes que comprometem a sobrevivência e, consequentemente, contribuem para que não haja concessões à esperança de uma humanidade mais civilizada.
Embora não seja algo no estilo documental, a produção tomou o cuidado de pesquisar a mística, rituais e costumes nórdicos se constituindo em um retrato razoavelmente fidedigno do período. Dito isso podemos dizer que O Homem do Norte vale a audiência embora vá desagradar um público que possa fazer considerações anacrônicas do cenário retratado e esperar um final mais leve.
